quinta-feira, 27 de maio de 2010

Eu fiz por nós...



Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se safricou até á morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963.
O seu acto foi repetido por outros monges.
Enquanto o seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel.

Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.
Thich Quang Duc protestava contra a maneira como a sociedade oprimia a religião Budista no seu país.
Após a sua morte, o seu corpo foi cremado conforme a tradição budista.
Durante a cremação após a sua violenta morte, o seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo.






Jovem anónimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar.
Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão



Nas vésperas de uma visita nunca concretizada a uma exposição do World Press Photo, confessaram-me a admiração pelo projecto, “ainda que só a desgraça fosse premiada”. Ficou por esclarecer se a observação era uma advertência moral ou se se tratava de uma provocação jornalística.

Apesar das belíssimas imagens que pairam para lá de catástrofes, revoluções, explosões ou doenças, as fotografias mais marcantes são naturalmente as que retratam “a desgraça”. Mas penso tratar-se de um dos mais nobre actos de humanização da imagem: é suster um fragmento dessa “desgraça”, colocá-lo perante o olhar e esperar que o estômago ceda ao nó. A sensibilização é a última esperança para esse instante de “desgraça”.


World 1975 Stanley Forman, USA, The Boston Herald. Boston, USA, 22 July 1975


World 1978 Sadayuki Mikami, Japan, The Associated Press. Tokyo, Japan, 26 March 1978


Isto é real

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